Kuát e Iaê; o Sol e a Lua

não sabiam o que fazer

capturaram urubutsin

depois jacubim

que foi buscar iapí

trazendo claridade

de azuis aravirís

que brilharam na escuridão

e se apagaram...

Trouxe outro chumaço

uma conquista clara, até

pena de arara-canindé

que também se apagou...

Tamãi, avô das aves

transportou cinco penas

penas de cinco dias

cinco vezes todos os pares

diante de olhos atentos.

Penas de papagaio

de arara-vermelha

e o dia acendeu;

depois foi sumindo, sumindo...

e sumiu de vez.

Era ele, o dia;

belo em berço esplêndido,

que apagou a lenda

e iluminou a tenda

na infinita noite sem luz.


I

 

* Você pequeno-grande poeta amigo

 

Foi pensando em você

que me veio a vontade de viver e amar,

e desta vontade cresceu um sonho

o sonho... você.

Você ternura, amizade...

Dentro de você grita a liberdade

que transpira pelos poros

e que chega até nossas narinas

trazendo o cheiro forte da luta.

Você...voce...voce...

Que nos agita e nos dá paz.

que nos mostra todo este sonho-mundo,

que se ergue entre a escravidão escura

e mostra luz.

Você, pequeno-grande poeta amigo,

me trouxe fé em meu coração.

 

II

 

Obrigado poetisa

 

Que brilhe a luz divina

e se abra um céu no coração!

É como um rio lento

que deságua ao longe

sua tranqüilidade a levar.

Ser poeta. Ah! Ser poeta!

É abrir os olhos ao mundo

e ver nele a poesia

como melhor arma de guerra.

Descer ao chão

subir ás nuvens

flutuar...flutuar...

Elevar o pensamento à distancia

com ela trazer esperança, amor,

alegria, felicidade

e eternidade...

Destacar o verbo agradecer,

olhar para o alto e dizer:

- Obrigado poetisa!

Você me dá força em continuar a ser poeta.

 

III

 

** Laços da poesia

 

A poesia não sente

as palavras não tem vida

o poeta é quem pretende

que as palavras chorem

que a poesia cresça.

 

A poesia existe por si

o homem é quem dela necessita

e se diz dela um fazedor.

 

 

* Poesia de Zilma Rocha

** Poesia de Tânia Márcia Cezar Hoff


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