A 11 de janeiro de 1964, na Zona Rural de Martins de Ázara, na cidade mineira de Cristais nasce numa casa de pau-a-pique, Rosário Bernardo Santos, oitavo filho dos nove que tiveram Sebastião Bernardo Santos e Sebastiana Maria de Jesus. Seu pai, Foiceiro de Arroz, Tocador de Caixa na Folia de Reis e devoto de Nossa Senhora do Rosário era analfabeto, e tinha por ironia do destino, o apelido de Tião Mestre por ser filho da família dos “Mestres”, o Professor Rural, Francisco Bernardo Santos.

     Aos 3 anos de idade foi adotado por seu primo de primeiro grau, Paulo Alves de Oliveira (Paulo Ventura) e sua esposa Maria Aparecida de Oliveira, indo residir em São Paulo, no bairro de Vila Brasilândia. No início, até se acostumar com sua mãe adotiva, escolheu como mãe provisória a irmã dela (Tia Hilda), morando com ela quase um ano, até se habituar em seu novo lar. Iniciou cedo seus estudos, aos 5 anos. Formou-se em Técnico Pleno de Patologia Clínica, no Colégio Claretiano de São Paulo em 1982, Jornalismo na USJT – SP em 1994 e Gestão Estratégica de Marketing na UFMG, Belo Horizonte em 2008.

    No profissional, iniciou suas atividades em serviço temporário, como Garoto Banespa, em 1976. Sua Carteira de Trabalho foi assinada pela primeira vez em 1978, na função de Office-boy, em uma construtora. Passou por concessionária de veículo e revendedora de peças pneumáticas, como Auxiliar de Escritório e Faturista; ainda na sua adolescência. Posteriormente, Auxiliar e Técnico de Laboratório de Análises Clínicas; no setor da saúde. Na área diagnóstica, executou atividades de Assessor Científico, Vendedor Técnico, Coordenador de Serviços à Clientes, Especialista de Produtos, Executivo de Contas e Representante Comercial.

    Criado em meio a uma pequena estante de livros, com gosto predominante pela leitura desde muito jovem, aos 12 anos, após ler Iracema e a Escrava Isaura, sensibilizado com a narrativa e linguajar, descobre seu talento para a escrita; produzindo seu primeiro texto-poema: Natureza Morta, hoje atualizado. Em 1980 conhece o professor e Escritor Mário Garcia-Guillén que classifica seus primeiros poemas como recordação de infância, criticando-lhe de forma construtiva, orientando-lhe através de exercícios e direcionando-o para a literatura moderna, rumo ao caminho das letras. Influenciado pelo autor espanhol, desenvolveu novos poemas e textos que se adequaram à realidade literária da época e com sua maturidade, inteligência criativa e muita força de vontade continua cumprindo seu papel na luta árdua e diária com as palavras.

     Casado com Cleide Graciano Santos, que lhe deu um filho; Vinicius Graciano Santos, nome este ofertado em homenagem ao poeta-maior: Vinicius de Morais, um de seus autores preferidos; entre Caetano Veloso, Carlos Drummond, Fernando Morais, Ignácio de Loyola, Jô Soares, Ledo Ivo, Mário Quintana e outros.


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